
BEATRIZ MOTA
Rio - Intimidade se cria com afeto e pouca roupa. Eis a teoria popular atestada por Paulo Vilhena e Beto Bellini em cena no espetáculo ‘O Arquiteto e o Imperador da Assíria’, com estreia para convidados nesta quinta, às 21h, no Teatro do Leblon (onde fica em cartaz até 20 de dezembro). Despidos de pudores na montagem — ora eles aparecem nus, ora apenas de cueca —, os atores criaram também uma relação além-palco sem firulas e com muito carinho.
“A base do espetáculo é nossa. O texto expõe nossas mazelas e dificuldades. Quando subo ao palco, começo a me desnudar, comungar com essas questões. Por isso, criou-se uma intimidade muito visceral entre nós”, diz Paulinho, mais contido que o companheiro. “A gente se deu muito um para o outro. Só não transamos por uma questão de opção sexual. Outro dia, quando eu vi o Paulinho desfilando, exuberante, pensei: se eu fosse mulher me entregava para esse cara”, declara-se Beto.
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