segunda-feira, 9 de novembro de 2009
"Ronaldo e os Três Travestis" vira best-seller na literatura de cordel
SÉRGIO RIPARDO
"Ronaldo e os Três Travestis" virou best-seller na literatura de cordel em 2009. O folheto do poeta popular João Peron atingiu a marca de 8.000 cópias. Uma tiragem inicial de cordel costuma ser de 1.000 exemplares.
A obra narra, com humor e ficção, o episódio envolvendo o jogador Ronaldo, em abril de 2008, quando o craque foi parar na delegacia após um bate-boca com três travestis em um motel no Rio. Os versos chegam a usar palavras de baixo calão, nada que assuste Saramago, Nobel de Literatura em 1998, que chamou Deus de "filho da puta" em sua última obra ("Caim").
De lá para cá, o atacante se submeteu a um processo de reconstrução de sua imagem na mídia, culminando com sua ida para o Corinthians, a reconquista de contratos publicitários e a superação do caso. Em julho deste ano, morreu de Aids a travesti Andréia Albertini.
Mas a literatura de cordel não esqueceu a história. Em feiras e mercados do Nordeste, o cordel "Ronaldo e os Três Travestis" ainda bomba. No Mercado São José, no Recife, é possível encontrar lojas de artesanato sertanejo que comercializam as folhinhas.
"Neste ano, foi o meu cordel de maior sucesso", diz João Peron
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