terça-feira, 22 de dezembro de 2009
DECADÊNCIA: Regininha Poltergeist, símbolo sexual dos anos 90, hoje é vendedora de loja
PEDRO MORAES
Um cliente despercebido que entra numa loja de eletrodomésticos da Zona Sul nem imagina que a vendedora Regina de Oliveira Soares, 38 anos, já pode ter mexido com sua imaginação num passado nem tão distante. Sem maquiagem e de uniforme, realmente fica difícil reconhecer a imagem de Regininha Poltergeist — ex-dançarina do cantor Fausto Fawcett e ex-atriz pornô —, que foi símbolo sexual nos anos 90.
Durante a sessão de fotos para esta matéria, um homem que comprava um ‘home theater’ se surpreendeu ao vê-la posando. “Vai ficar famosa, hein?”, disse. “Vou ficar não. Sou famosa. Não está me reconhecendo?”, questiona Regina, que superou a depressão, tornou-se evangélica, frequentadora da Igreja Bola de Neve da Barra e, há três meses, vende eletrodomésticos.
“Eu me arrependi muito dos filmes que fiz. Fiquei doente com depressão e prometi a Deus que se me recuperasse me converteria e seria evangelizadora”, conta a ex-Poltergeist. “Não foi fácil conseguir esse emprego. Minha fama não ajudou em nada. Passei por todas as etapas do processo de seleção como qualquer outro funcionário da empresa. Fiz prova, exame médico”, explicou Regina, mãe de Lucas, 4 anos.
Apesar de ter sido protagonista de três filmes pornô da Brasileirinhas e de ter sido capa de várias revistas masculinas, são poucos os clientes que a reconhecem. “Outro dia um cliente perguntou o que eu fazia antes de trabalhar na loja. Disse que era do meio artístico e ele imediatamente perguntou se eu era do circo. Eu pensei bem e disse que muitas vezes fiz papel de palhaça na minha carreira”.
Dos tempos da fama, Regina teve apenas um cliente, o diretor de teatro Gugu Olimecha. “Foi muito estranho. Ele me reconheceu imediatamente, já havia trabalhado com ele numa peça. Ele levou uma geladeira”, conta, torcendo para que a fama do passado a ajude a vender mais.
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Ué... que critério é esse? Hoje em dia largar filme pornô, ser usada como objeto, abandonar drogas e prostituição e buscar um emprego humilde, mas honesto, é "decadência"...?
ResponderExcluirÉ... precisamos mesmo rever alguns conceitos...
Pois é. Isso só prova que a cultura da promíscuidade vale mais que qq outro valor de "vanguarda"! Tempos estranhos!
ExcluirSó a fama não garante nada,mas de uma coisa é certa...ela se perdeu e entrou em desespero,e ainda bem que largou aquele mundo,agora,bem ...nem sei se está com esse emprego,hoje ela deva estar com os seus cinquentoes.
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