terça-feira, 29 de março de 2011

PRECONCEITO! Preta Gil processará Jair Bolsonaro, por entrevista ao CQC; deputado se defende


Fontes: Quem/Globo.com; ODia.com

O deputado Jair Bolsonaro respondia a uma série de perguntas em programa de tv, quando foi questionado pela cantora Preta Gil, sobre como ele agiria caso seu filho se apaixonasse por uma negra.

"Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu", respondeu Bolsonaro.

Em entrevista, Ricardo Brajterman, advogado de Preta Gil, confirmou que a cantora ajuizará ações nas esferas cível e criminal contra o deputado Jair Bolsonaro.

“Estou fazendo uma representação no Ministério Público visando apuração e condenação de crime de racismo e homofobia. Na esfera cível, estou ajuizando uma ação de danos morais, cujo valor é fixado pelo juiz, levando-se em conta a intensidade do dano e o caráter pedagógico punitivo, ou seja, o valor arbitrado deverá desestimular o causador do dano a repetir sua conduta”, afirmou Brajterman.

“Além disso, vou notificar a Câmara dos Deputados, tanto a Comissão de Diretos Humanos quando a de Ética para apurar uma possível falta de decoro parlamentar”, completou o advogado da cantora.

Em site oficial, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) divulgou uma nota de esclarecimento:

"A respeito de minha resposta à cantora Preta Gil, veiculada no Programa CQC, da TV Bandeirantes, na noite do dia 28/03/2011, são oportunos alguns esclarecimentos.

A resposta dada deve-se a errado entendimento da pergunta - percebida, equivocadamente, como questionamento a eventual namoro de meu filho com um gay.

Daí a resposta: 'Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu.'

Todos aqueles que assistam, integralmente, a minha participação no programa, poderão constatar que, em nenhum momento, manifestei qualquer expressão de racismo. Ao responder por que sou contra cotas raciais, afirmei ser contrário a qualquer cota e justifiquei explicando que não viajaria em um avião pilotado por cotista nem gostaria de ser operado por médico cotista, sem me referir a cor.

O próprio apresentador, Marcelo Tas, ao comentar a entrevista, manifestou-se no sentido de que eu não deveria ter entendido a pergunta, o que realmente aconteceu.

Reitero que não sou apologista do homossexualismo, por entender que tal prática não seja motivo de orgulho. Entretanto, não sou homofóbico e respeito as posições de cada um; com relação ao racismo, meus inúmeros amigos e funcionários afrodescendentes podem responder por mim".

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