terça-feira, 24 de novembro de 2009

"Os programas gostariam de ter a audiência que o Casseta tem", diz Hélio de la Peña


Abril

Há mais de 30 anos, a vida de Hélio de la Peña está indissociada ao humor. Desde que o então estudante de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro se aventurou a criar um fanzine na companhia dos colegas de turma, em 1978. "A gente estava o tempo todo inventando história. Pendurávamos melancia no pescoço, para chamar a atenção", relembra, entre risadas, falando da "Casseta Popular", revista escrita por ele e Beto Silva, Cláudio Manoel, Marcelo Madureira e Bussunda.

Não demorou para que houvesse a "fusão" com os gaiatos por trás do "Planeta Diário" - os cartunistas Hubert e Reinaldo -, dando origem ao nome que, desde 1992, batiza o programa que ocupa as noites de terça-feira na Globo. Com exceção de Bussunda, falecido há pouco mais de três anos, o grupo permanece o mesmo desde então, o que, para Hélio, é algo mais que natural. "Nós éramos amigos antes de chegar à TV. Não teve isso de se conhecer na sala de um produtor de elenco. A gente era um grupo de amigos que fazia jornal", analisa.

Mas engana-se quem pensa que conversar com o humorista é abrir espaço para uma enxurrada de piadas a cada segundo. Ao falar sobre as variações de audiência com as quais o programa tem sofrido, ele mantém a sobriedade de quem leva a sério o trabalho de fazer rir. "A audiência da televisão, como um todo, vem caindo. Quando a gente começou, por exemplo, só tinha Globo, Manchete e o SBT. Não existia internet nem TV a cabo", compara, antes de ressalvar que, apesar de eventuais quedas no Ibope, a produção continua muito bem, obrigado. "O Casseta se mantém na liderança. Nesses 17 anos, não teve um ano em que a gente tenha ficado em segundo lugar. Os programas gostariam de ter a audiência que o Casseta tem, essa é a verdade", gaba-se.

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