quinta-feira, 4 de março de 2010

MP processa casal Garotinho e Deborah Secco por desviar verba


Julia Ribeiro - Terra.Com

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro processou, por improbidade administrativa, os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho. A atriz Deborah Secco e outras 85 pessoas aparecem em uma lista de acusados de operar um esquema de desvio de verbas públicas por meio de organizações não governamentais (ONGs) e empresas de fachada.

Além de Deborah, outras seis pessoas da família Secco estariam envolvidas no esquema de desvio de dinheiro: Ricardo Tindó Ribeiro Secco, Angelina Direnna Secco, Bárbara Fialho Secco, Ricardo Fialho Secco e Silvia Regina Fialho Secco. De acordo com o procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, Ricardo Secco, pai da atriz, teria recebido R$ 1 milhão no esquema e repassado parte do dinheiro para diversas pessoas de sua família.

A investigação, que durou dois anos, foi realizada pelas Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania e foi feita através escutas telefônicas e quebra de sigilos bancários ao longo de três anos. Segundo Lopes, Ricardo Secco era um dos principais integrantes do esquema, acusado de gerenciar as empresas fantasmas.

Segundo o procurador-geral de Justiça, o prejuízo aos cofres públicos apurado pela promotoria foi de pelo menos R$ 58 milhões. Parte deste recurso desviado teria sido depositado na conta do PMBD para o financiamento da campanha de Garotinho à Presidência em 2006.

O esquema foi operado entre os anos de 2003 e 2006 e envolvia a contratação da Fundação Escola de Serviço Público do Rio de Janeiro (Fesp-RJ) e outros órgãos públicos para a execução de projetos com a necessidade de mão de obra terceirizada. Estes órgãos subcontratavam organizações não-governamentais (ONGs) sem licitação.

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