domingo, 4 de outubro de 2009

"Cama de Gato" estreia nesta segunda com a promessa de histórias leves, humoradas e tocantes

PopTevê

A primeira vez é inesquecível. Que o digam Thelma Guedes e Duca Rachid, autoras de "Cama de Gato", novo folhetim das seis da Globo que vai ao ar a partir do dia 5. Isso porque elas, que já trabalharam juntas na adaptação de "O Profeta", assinam seu primeiro roteiro original. "Estou muito nervosa. Sou sempre calma, mas na hora que vejo...", brinca Thelma.

E as estreias não param por aí. Camila Pitanga e Paola Oliveira "debutam" como protagonista e vilã, respectivamente, e Heloísa Périssé encara sua primeira novela em 20 anos de carreira. A trama conta ainda com direção geral de Amora Mautner e supervisão de texto de João Emanuel Carneiro - funções nunca antes exercidas por nenhum dos dois. "O João tem dado uma contribuição grande à nossa história, respeitando, no entanto, nossas escolhas, nosso estilo e nosso jeito de trabalhar", garante Duca.

Com direção de núcleo do experientíssimo Ricardo Waddington, a novela tem como tema central o resgate de valores que podem ser perdidos diante das circunstâncias da vida. O assunto é ilustrado, principalmente, pelo protagonista Gustavo, interpretado por Marcos Palmeira. Na história, o personagem, apesar da infância pobre, conseguiu crescer na vida e se tornar um perfumista bem-sucedido. Só que a riqueza o transformou em um homem arrogante. Mas, logo nos primeiros capítulos, uma reviravolta o faz perder tudo. "É um alerta para que as pessoas não se deixem cair na ilusão do sucesso, da fama ou do dinheiro em qualquer área ou profissão", acredita Marcos.

Na tentativa de fazer o amigo recuperar o prazer pelas coisas simples, Alcino, personagem de Carmo Dalla Vecchia, manda Gustavo, "sem eira, nem beira", para um deserto. Sua ideia é sumir com o empresário e, depois, encontrá-lo para uma conversa franca. Alcino descobre que tem uma doença terminal na cabeça, mas, ao invés de ficar abalado, quer fazer Gustavo recuperar sua felicidade. "O Alcino descobre que vai morrer e mesmo assim resolve ajudar o amigo. Todas as questões na história falam sobre o cuidado que se deve ter com a pessoa que está ao seu lado", analisa Carmo.

Mas a brincadeira sai do controle e chega aos ouvidos da batalhadora Rose (Camila Pitanga). Sem saber das reais intenções do plano, ela, que trabalha como faxineira na Aromas, empresa de Gustavo e Alcino, resolve avisar ao patrão que ele corre perigo. Porém, um mal-entendido faz Gustavo pensar que Rose roubou o vestido de outra mulher, o que resulta em sua demissão. Mesmo assim, a moça fica sensibilizada quando os noticiários divulgam a morte do empresário, que, na verdade, está vagando pelo deserto. "A Rose é uma pessoa sensível, generosa, disponível para o outro", ressalta Camila. Sem dinheiro, Rose começa a trabalhar como parceira de dança de Sólon (Daniel Boaventura) nos bailes do clube Esplêndido da Glória. É lá que ela reencontra Gustavo e nasce o amor que será capaz de fazer o perfumista feliz novamente.

Porém, nem tudo são flores. Afinal, Gustavo é casado com Verônica (Paola Oliveira), a vilã da história. Mimada e rica, ela promete ser uma "pedra no caminho" de quem atrapalhar seus planos. Verônica, que nunca amou o marido, passa a odiá-lo depois que ele compra os bens de seu pai, Severo (Paulo Goulart). "Todos os valores que a novela vai mostrar, a Verônica já nasceu sem. Ela é egoísta, egocêntrica e vaidosa ao extremo", especifica Paola. Mas a megera não estará sozinha em suas armações. Roberto (Dudu Azevedo), que trabalha como modelo nas campanhas publicitárias da Aromas, é seu amante e parceiro nas vilanias. "Ele é disposto a qualquer coisa para conseguir o que quer", acrescenta Dudu.

Apesar de ter o resgate de valores humanos como tema principal, "Cama de Gato" promete histórias leves e humoradas. Principalmente, no núcleo da Glória, que conta com Marcelo Novaes, Emanuelle Araújo, Heloísa Périssé e Ailton Graça, entre outros. "Fora do contexto, essa trama principal teria uma aparência um pouco pesada, mas, na realização, temos conseguido amenizar: está adequada ao horário, sem deixar de ser interessante", constata Ricardo Waddington.

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