domingo, 4 de outubro de 2009

"Diminuí bem o cigarro: agora só fumo quando bebo", diz Zeca Pagodinho

MARCUS PRETO da Folha de S.Paulo

"Pescocinho tem que comer com a mão", explica Zeca Pagodinho, sem tocar na comida. "Não como nada antes de beber. Se boto qualquer coisinha no estômago, é cama na certa."

Era uma espécie de Santa Ceia. Todos sentados à mesa, bebendo o vinho -- e o uísque, e, mais ainda, a cerveja. Comendo o pão -- neste caso, a galinhada com mandioca. E escutando, com toda a atenção dos ouvidos, as palavras do mestre.

"Diminuí bem o cigarro: agora, só fumo quando bebo", ele diz, e todo mundo ri ao mesmo tempo. Talvez nem fosse sua real intenção fazer graça com aquilo. Mas soa como ironia.

À beira de lançar outro DVD, "MTV Especial: Uma Prova de Amor - Ao Vivo", Zeca prefere não falar em música. Não ali em Xerém, a uma hora de distância da zona sul do Rio, onde todos estão reunidos. Zeca é uma espécie de embaixador daquele município.

Tem seu apartamento na Barra, onde passa os "dias úteis" -- mas é no sítio de Xerém que se diverte de fato.

"Na Barra, não bebo nunca. Não tem parceiro, tudo acontece muito tarde. Fico em casa sozinho, na seca. Tomo no máximo umas cinco, seis latinhas, canso e vou dormir." De novo, não era uma piada. Mas riem.

A ceia é composta pela família de Zeca -- sua mulher e seus dois filhos mais velhos: Eduardo, 22, e Louis, 20 --, amigos mais próximos, gente do samba e alguns políticos.

Íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u632711.shtml

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